O sistema de governo colombiano se caracteriza por ser presidencialista. O presidencialismo tem gerado uma concentração do poder nas mãos do poder executivo.
É também marca da política colombiana a inexistência de um partido popular, com claras inclinações ideológicas e sociais – como o foram, por exemplo, o Partido Justicialista (PJ) na Argentina de Perón, ou o Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) criado por Getúlio Vargas no Brasil, ou ainda uma agremiação da dimensão do dos socialistas chilenos, todos eles comprometidos com a reforma social e trabalhista.
Esta falta de uma válvula de escape partidária faz com que as reivindicações sociais expludam em grandes fúrias e rebeliões das multidões nas cidades, ou busquem o caminho das guerrilhas, das emboscadas e das matanças no mundo rural. Agrega-se ainda , como combustível para a violência endêmica, o mau costume da elite colombiana de recorrer aos assassinatos de encomenda, à pistolagem, como método regular de eliminação dos adversários da vida política.
Por Carolina Coutinho